Entender o que é
- Formulada nas primeiras décadas do século XX, por Claude Shannon e Warren Weaver, a Teoria da Informação procurou, num primeiro momento, apresentar uma base matemática destinada a estudar problemas na transmissão de mensagens pelos canais físicos. (NETTO; 1996)
- Weaver trabalhou como engenheiro na companhia Bell’s Telephone com a intenção de diminuir o nível de ruído físico das ligações telefônicas. Eles classificavam ruído como todo e qualquer elemento que venha a interferir no caminho da mensagem. (MARTINO; 2009)
- “O modelo de Shannon e Weaver se apresenta como uma aplicação das possibilidades das Teoria da Informação no sentido de quantificar os dados e diminuir o ruído para estabelecimento de uma situação ideal de comunicação (…)”(MARTINO; 2009; 254)
Conteúdo:
MODELO MATEMÁTICO PROPOSTO POR SHANNON E WEAVER QUE FOI ADAPTADO À COMUNICAÇÃO HUMANA

OBSERVAÇÃO: O modelo proposto por Shannon e Weaver foi considerado pelos críticos como uma concepção paternalista da comunicação, por colocar a fonte no centro do processo comunicativo, sem permitir autonomia do receptor.
Detalhes do modelo de Shannon e Weaver:
- FONTE DE INFORMAÇÃO: produz mensagens
- TRANSMISSOR: codifica a mensagem transformando-a em signos
- CANAL (físico): transporta os signos
- RECEPTOR (decodificador): decodifica os signos para recompor a mensagem
- DESTINATÁRIO: recebe a mensagem
Observações importantes
Conforme destaca Netto (1996):
- O processo de transmissão está sujeito a sofrer influências e alterações provocadas por uma fonte física de ruídos.
- O mesmo processo está sujeito a ruídos de tipo semântico, que são responsáveis por distorcer o significado da mensagem. Tal situação pode ocorrer no momento da codificação ou da decodificação.
- A fonte controla os efeitos da mensagem, na medida em que faz a análise dos signos enviados intencionalmente ou não pelo destinatários. Tal procedimento é considerado como mecanismo de retroalimentação oufeedback.
CRÍTICAS AO MODELO MATEMÁTICO PROPOSTO POR SHANNON E WEAVER
- Uma das questões levantadas, pelos críticos de Shannon e Weaver, era o fato de que, o modelo proposto, não concedia autonomia ao receptor. Este estaria subjulgado pela fonte, quem desempenha o papel mais importante. No caso dos meios de comunicação, o elemento responsável por disparar a mensagem.
- É certo que, o modelo proposto pelos engenheiros não tinha por objetivo a comunicação humana, mas sim a quantificação das informações perdidas num sistema.
- Neste sentido, em 1957 Bruce H. Westley e Malcom S. MacLehan propuseram uma resposta ao modelo de Shannon e Weaver, propondo uma reformulação e atribuindo autonomia ao receptor no processo. A representação do modelo foi representada da seguinte maneira:

MODELO MATEMÁTICO PROPOSTO POR SHANNON E WEAVER QUE FOI ADAPTADO À COMUNICAÇÃO HUMANA
OBSERVAÇÃO: O modelo proposto por Shannon e Weaver foi considerado pelos críticos como uma concepção paternalista da comunicação, por colocar a fonte no centro do processo comunicativo, sem permitir autonomia do receptor.
Detalhes do modelo de Shannon e Weaver:
- FONTE DE INFORMAÇÃO: produz mensagens
- TRANSMISSOR: codifica a mensagem transformando-a em signos
- CANAL (físico): transporta os signos
- RECEPTOR (decodificador): decodifica os signos para recompor a mensagem
- DESTINATÁRIO: recebe a mensagem
Observações importantes
Conforme destaca Netto (1996):
- O processo de transmissão está sujeito a sofrer influências e alterações provocadas por uma fonte física de ruídos.
- O mesmo processo está sujeito a ruídos de tipo semântico, que são responsáveis por distorcer o significado da mensagem. Tal situação pode ocorrer no momento da codificação ou da decodificação.
- A fonte controla os efeitos da mensagem, na medida em que faz a análise dos signos enviados intencionalmente ou não pelo destinatários. Tal procedimento é considerado como mecanismo de retroalimentação oufeedback.
CRÍTICAS AO MODELO MATEMÁTICO PROPOSTO POR SHANNON E WEAVER
Uma das questões levantadas, pelos críticos de Shannon e Weaver, era o fato de que, o modelo proposto, não concedia autonomia ao receptor. Este estaria subjulgado pela fonte, quem desempenha o papel mais importante. No caso dos meios de comunicação, o elemento responsável por disparar a mensagem.
É certo que, o modelo proposto pelos engenheiros não tinha por objetivo a comunicação humana, mas sim a quantificação das informações perdidas num sistema.
Neste sentido, em 1957 Bruce H. Westley e Malcom S. MacLehan propuseram uma resposta ao modelo de Shannon e Weaver, propondo uma reformulação e atribuindo autonomia ao receptor no processo. A representação do modelo foi representada da seguinte maneira:
FONTE: (Netto; 1996; 201)
1) X1, X2, X3…….Xn são mensagens disponíveis
2) A é o autor, comunicador ou sistema que seleciona e transmite intencionalmente as mensagens
3) B é o receptor, uma pessoa ou sistema social que pede e usa informações para atender a suas necessidades e solucionar seus problemas
4) C é o canal ou agente de serviço de B, destinado a selecionar e transmitir a informação fora do alcance imediato de B
5) RETROALIMENTAÇÕES: de B para C, de C para A, de C para A
Algumas mensagens podem ser transmitidas
6) algumas mensagens podem ser transmitidas diretamente por C
7) algumas mensagens podem ser obtidas diretamente por B
FONTE: (Netto; 1996; 201)
LEITURAS INDICADAS:
- No jornalismo não há fibrose: a ruína das fontes, o denuncismo e a opinião pública.
- “A TV digital no imaginário tecnológico: identidades, mediação e sociabilidade nas fantasias do telejornalismo on line “.
- “Os jornalistas e as reconstruções de vidas: problemas epistemológicos na elaboração do discurso biográfico“. Apresentado no GT de Jornalismo da Intercom 2002.
- “Celebridades e heróis no espetáculo da mídia” IN: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. Intercom. São Paulo. 2002.
- “Estética, pluralidade e cidadania nas tevês universitárias” IN: Trama 3. Ed. Sette Letras. 2002.
- “O repórter de TV foi atropelado: discurso, mediação e construção da notícia”. IN: Trama. Ed. Sette Letras. 2001.
- “Rousseau, o herói épico de seu tempo”. IN: Revista Cadernos. DP de Ciências Jurídicas da PUC-Rio. 1996.
- Conforme destaca Netto (1996), o modelo proposto por Westley e MacLehan continua infeliz, uma vez que ainda submete o receptor, ou seja B, a um papel comportamental subordinado a A (quem controla as mensagens).
- Tais modelos teóricos, inscritos na realidade das sociedade de massa, implicam uma condição: a centralidade do papel de informar aos veículos de comunicação. No entanto, é importante ressaltar que o modelo pensado pelos autores citados, não fornecem autonomia ao receptor, desconsiderando sua força no processo comunicativo. Porém, tal condição só será reformulada em outros momentos futuros.
Bibliografia Básica:
- MATTELART, Armand e Michelle. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
- TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa. Para entender as teorias da comunicação. Uberlândia: Aspectus, 2004.
- WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação de Massa. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
- MARTIN B., Jesus. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. RJ: Ed. UFRJ, 2009.
- MARTINO, Luís Mauro Sá. Teorias da comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis, Vozes, 2009.
- COHN, Gabriel. (Org.) Comunicação e Industria Cultural. SP: T.A.Queiroz, 1987.
- MOLES, Abraham A.; ADORNO, Theodor et al. Organização: COSTA LIMA, Luiz. Teoria da Cultura de Massa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
- PEREIRA, José Haroldo. Curso básico de teoria da comunicação. Rio de Janeiro: Quartet, 2007.
O QUE É A TEORIA
A Teoria Matemática da Comunicação também é conhecida como Teoria da Informação. Sua representação é feita desta forma:
Fonte de Comunicação => Transmissor => Canal => Receptor => Destino
Nesse processo não foi analisada a interação de quem recebe com quem transmitiu. Entretanto, foi um estudo importante para a época de sua elaboração.
“A Comunicação é apresentada como um sistema no qual uma fonte de informação seleciona uma mensagem desejada a partir de um conjunto de mensagens possíveis, codifica esta mensagem transformando-a num sinal passível de ser enviada por um canal ao receptor, que fará o trabalho do emissor ao inverso. Ou seja, a comunicação é entendida como um processo de transmissão de uma mensagem por uma fonte de informação, através de um canal, a um destinatário”A Teoria Matemática, como se pode ver, não está preocupada com a inserção social da comunicação. Sua influência sobre a pesquisa em comunicação está na definição de um modelo de fenômeno comunicativo, modelo esse que compõem a Mass Communication Research”. (ARAÚJO, Carlos Alberto. Teorias da Comunicação).
Para esta Teoria só são destacados os fatores que criam esse processo comunicativo, mas não são evidenciados os efeitos da sua dinâmica. É a “máquina da produção de informações”.
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